sexta-feira, 5 de julho de 2013

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NOSSA SENHORA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Esse título devocional mariano é contemporâneo à proclamação do dogma da Imaculada Conceição, em 8 de dezembro de 1854. O povo católico esperava essa data com novenas e preces fervorosas aguardando com alegria espiritual o ato do Papa Pio IX.
Um sacerdote francês – padre Júlio Chevalier – planejava instituir uma congregação missionária dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Cheio de confiança fez a novena em louvor à Imaculada Conceição de Maria. Pediu a sua ajuda junto ao coração do Filho Jesus para fundar o novo Instituto. Se a Virgem o atendesse seria para ele um dos primeiros frutos da proclamação do dogma. E então promoveria o culto mariano com uma nova devoção. Não definiu qual.
Ora, depois da missa solene celebrada por ele enquanto o Papa Pio IX proclamava o novo dogma, um senhor entregou ao padre Chevalier um donativo substancioso. Queria ajudar alguma obra pia missionária. Foi o suficiente para comprar uma casa e dar o primeiro passo da fundação desejada. No ano seguinte – 1855 – o bispo aprovou o projeto com o nome de: Congregação dos missionários do Sagrado Coração. Hoje estão presentes em 54 países buscando no coração de Jesus a fonte do amor misericordioso do Pai e invocando Maria com esse título: Nossa Senhora do Sagrado Coração. O título quer expressar e honrar a relação profunda entre a Mãe e o Filho. Ele ama sua mãe acima de toda criatura. Ela ama o Filho com todo o seu ser. Por isso, pode exercer junto dele em nosso favor uma mediação subordinada.
No calendário litúrgico católico há uma solenidade especial em louvor ao Sagrado Coração de Jesus. Neste ano caiu no dia 7 de junho. A tradição das primeiras sextas-feiras de cada mês continua viva na piedade popular. Prestar culto ao Sagrado Coração de Jesus não é algo sentimental, mas explicita o mistério total de sua pessoa e de sua vida sintetizado no íntimo do seu ser: o coração conforme a literatura bíblica. No seu coração refulge a sua infinita caridade conosco. Em Mt. 11,28s Jesus nos convida a confiar nele: “Vinde a mim, vós todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo, porque sou manso e humilde de coração…” Ele resumiu a sua missão dizendo que foi ungido para evangelizar os pobres e excluídos. As parábolas mostram seu coração acolhedor, compassivo com os pecadores, sensível aos carentes e totalmente dedicado a Deus e aos oprimidos.
Em seu coração materno Maria viveu intimamente unida aos sentimentos do coração do Filho. Como sua primeira discípula seguiu-o em tudo e suportou com ele a rejeição, a perseguição e a dor suprema do Calvário. Que ela nos abençoe e ajude a ter um coração puro e fiel a Jesus em todas as situações; bom e pacífico para com os outros.

DANÇA DO PINGO D’ÁGUA
O que faz um Pingo d’água

Terminou de chover. A terra, banhada, trescala o cheiro gostoso da mata. Lá em cima, no firmamento, o Sol inunda a natureza de luz, enquanto os riachos, entumecidos de água límpida, fogem, cantando, marulhentos, por entre as margens sombreadas pelas copas das árvores enfeitadas lianas. 
Da ponta de uma folha, reluz um Pingo d’água da chuva a se balançar com a suavidade da viração, teimando em não cair na terra, sempre ávida por água, quando, de repente, a um sopro mais vivo do vento, a pequenina gota se desprende da folha e cai no chão fazendo um “toc” seco, que logo a absorve.
Se o solo é revestido de vegetação, esse pingo d’água segue seu curso normal, irrigando as raízes, que se aprofundam no subsolo em forma de espigão ou se ramificam para os lados, como é o caso da Floresta Amazônica, e ainda vai

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