sexta-feira, 7 de junho de 2013

PÁGINA 3

CENÁRIO DE VIOLÊNCIA E BARBÁRIE
Roberto Girola

Todo dia a mídia noticia episódios de violência, onde surpreendem a crueldade e o desprezo pela vida humana. Como lutar contra a violência que nos acua cada vez mais?
Esperando o elevador, fui surpreendido pelo comentário de dois moradores do prédio onde moro que se diziam aliviados por chegar em casa sãos e salvos. A conversa remeteu-me a um cenário de guerra. É o que apontam as pesquisas: um aumento de 100% dos homicídios nos primeiros meses deste ano em comparação com 2012.
O aumento não é apenas quantitativo e sim também qualitativo. São cada vez mais frequentes os crimes marcados por situações de violência gratuita, bárbara, protagonizados por marginais, inclusive menores, cínicos e cruéis. Todos nós, ricos e pobres, nas grandes
cidades ou no interior, estamos expostos a esse tipo de situações, mesmo admitindo que nos
bairros mais pobres os índices de violência são superiores. O que torna mais angustiante essa percepção é saber que, se tivermos a má sorte de cruzar com um marginal dessa espécie, não haverá reação que garanta nossa vida, pois estamos diante de comportamentos marcados pela psicopatia, que não respondem a nenhuma lógica comum. 
Tamanha impotência tende a despertar sentimentos de revolta e, ao mesmo tempo, de medo. O olhar volta-se para o poder público, à espera de uma solução mágica. Os mais engajados fazem campanhas na internet ou participam de passeatas. A maioria procura continuar sua vida na costumeira indiferença. Há ainda os que reforçam os sistemas de segurança, compram um carro blindado ou uma arma. Mera ilusão. Por sua vez o Poder Público e o Sistema Judiciário estão paralisados diante de sua própria ineficiência, lentidão e despreparo, favorecendo um clima de impunidade e de desprezo pela lei.
Aliás, desrespeitar a lei, qualquer lei, tornou- se normal. Há até certo desprezo pelos “malas”
que continuam achando que a lei deve ser seguida. É justamente essa normalidade do
anormal que merece ser pensada, pois representa um típico componente de nosso dia
a dia de brasileiros. Provavelmente, por aí passa também a possibilidade de reverter a
escalada da violência.
(Roberto Girola é psicanalista e terapeuta familiar em São Paulo)

DEVOÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é uma das expressões mais difundidas da piedade eclesial, tal como refere recentemente o “Diretório sobre a Piedade Popular e a Liturgia” da Congregação para o Culto Divino. Os
Pontífices romanos têm salientado
constantemente o sólido fundamento na  Sagrada Escritura desta maravilhosa devoção.
Como conseqüência das aparições de Nosso Senhor a Santa Margarida Maria Alacoque no
mosteiro de Paray-le-Monial a partir de 1673, este culto teve um incremento notável e
adquiriu a sua feição hoje conhecida. Nenhuma outra comunicação divina, fora as da Sagrada
Escritura, receberam tantas aprovações e estímulos da parte do Magistério da Igreja
como esta. Entre os documentos mestres nesta matéria encontramos a encíclica de Pio XII,
Haurietis aquas, de 15 de Maio de 1956. Pio XII salienta que é o próprio Jesus que toma a
iniciativa de nos apresentar o Seu Coração como fonte de restauração e de paz: “Vinde a mim, todos vós, que estais cansados e oprimidos, que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário